Tirinhas do Dr. Pepper

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Gramaticas prescritivas ou normativas

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As gramáticas prescritivas ou normativas são manuais que ditam (prescrevem) as regras linguísticas (fonológicas, morfológicas, semânticas e sintácticas) da variedade-padrão de uma língua. Têm como principal objetivo ensinar a falar e a escrever corretamente, sendo que são consideradas corretas as formas linguísticas da variedade de prestígio de uma língua − a norma-padrão. A par destas, existem as chamadas gramáticas descritivas, cujo principal objetivo é o de descrever o funcionamento de uma língua; nelas é feita uma descrição exaustiva e sistemática das estruturas usadas pelos falantes de uma língua, independentemente de estas serem ou não consideradas corretas pela norma-padrão. Assim, enquanto as primeiras ditarão que uma frase como «Este é o bolo de que eu gosto» é correta, mas que uma como «Este é o bolo que eu gosto» não o é; as segundas reconhecerão e descreverão ambas as construções.

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Fabula de Millor Fernandes

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A Baposa e o Rode
Millôr Fernandes
Por um asino do destar, uma rapiu caosa, certo dia, num pundo profoço, do quir não consegual saiu. Um rode, passi por alando, algois tum depempo e vosa a rapendo foi mordade pela curiosidido. "Comosa rapadre" -- perguntou -- "que ê que vocé esti faza aendo?". "Voção entê são nabe?" respondosa a mapreira rateu. "Vem aí a mais terrêca sível de tôda a histeste do nordória. Salti aquei no foço dêste pundo e guardarar a ei que brotágua sim pra mó. Mas, se vocér quisê, como e mau compedre, per me fazia companhode". Sem pensezes duas var, o bem saltode tambou no pundo do foço. A rapaente imediatamosa trepostas nas coulhes, apoifre num dos xides do bou-se e salfoço tora do fou, gritando: "Adrade, compeus".
MORAL: Jamie confais em quá estade em dificuldém.

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Poemas concretistas

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E X T O R S Ã O M E D I A N T E S E Q U E S T R O
T R Á F I C O D E E N T O R P E C E N T E S
P R O S T I T U I Ç Ã O I N F A N T I L
L A V A G E M D E D I N H E I R O
H O M I C Í D I O D O L O S O
C O N T R A B A N D O
I M P U N I D A D E
C O R R U P Ç Ã O
E D U C A Ç Ã O
















tiro da boca ponho no queixo




tiro do queixo ponho na testa




tiro da testa ponho no olho




tiro de um olho




ponho no outro




tiro do outro




ponho na boca




tiro na boca




















A Pidona


Ela pede atenção
Eu dou!

Ela pede carinho
Eu dou!

Ela pede presentes
Eu dou!

Ela pede respeito
Eu dou!

Ela pede beijos
Eu dou!

Ela pede sexo
Eu dou!

Ela pede amor
(...)

Ela pede demais!













e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r e v o
e s c r a v o












































































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Sintese da historia do Projeto NURC

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Juan Lope Blanch, professor da Universidade Nacional Autônoma do México, foi o autor da proposta de organização de um grande projeto coletivo, a fim de descrever a norma culta no espanhol falado. A proposta foi apresentada durante o II Simpósio do PILEI (Programa Interamericano de Lingüística e Ensino de Idiomas), em agosto de 1964, em Bloomington, nos Estados Unidos da América. Assim nascia o "Proyeto de Estudio Coordinado de la Norma Lingüística Culta de las Principales Ciudades de Iberoamérica y de Península Ibérica".
Desde o início, já se pensava em estender o "Proyeto" às comunidades de língua portuguesa. Em janeiro de 1968, por ocasião do IV Simpósio do PILEI no México, o Prof. Nélson Rossi, da Universidade Federal da Bahia, apresentou o trabalho "O Projeto de Estudo da Fala Culta e sua Execução no Domínio da Língua Portuguesa". Nesse estudo, o Prof. Nélson Rossi ressaltou que, diferente dos países de língua espanhola, no Brasil, o "Proyeto" não poderia limitar-se à capital do país nem ao Rio de Janeiro. Ele sugeriu que o "Proyeto" abrangesse as cinco principais capitais com mais de um milhão de habitantes: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
Em janeiro de 1969, durante o III Instituto Interamericano de Lingüística, promovido em São Paulo pelo PILEI, foi instalado o "Proyeto" no Brasil. Foi acertado que, para se instalar esse projeto, haveria necessidade de se escolherem os
responsáveis pelo trabalho em cada uma das cinco cidades.
O projeto previa três etapas: gravações, transcrição e análise do corpus, conforme um Guia-Questionário. Inicialmente, eram previstas 400 horas de gravação, selecionando-se 600 informantes (300 do sexo masculino e 300 do sexo feminino) com nível superior de escolaridade, nascidos na cidade sob estudo ou residentes aí desde os cinco anos de idade, filhos de nativos de língua portuguesa, de preferência nascidos na cidade sob pesquisa.
Os informantes foram distribuídos em três faixas etárias:
1ª faixa etária: de 25 a 35 anos de idade (30%);
2ª faixa etária:de 36 a 55 anos de idade (45%);
3ª faixa etária:mais de 56 anos de idade (25%).
Quanto à natureza, as gravações foram divididas em quatro tipos:
1º -
Gravações secretas de um diálogo espontâneo (GS): 40 horas (10%);
2º - Diálogo entre dois informantes (D2): 160 horas (40%);
3º - Diálogo entre o informante e o documentador (DID): 160 horas (40%);
4º - Elocuções Formais (EF): 40 horas (10%).
No
Brasil, as próprias exigências do Projeto, somadas às dificuldades naturais de se fazer pesquisa e os obstáculos para se conseguirem os informantes adequados, fizeram com que houvesse atraso na conclusão das gravações.
Em 1985, durante a XIII Reunião Nacional do Projeto NURC, realizada em Campinas, decidiu-se que as cidades intercambiariam 18 entrevistas de seu acervo com as demais cidades. Esse acervo constituiu-se o que se convencionou chamar corpus compartilhado.
O NURC/SP
Duas equipes de documentação trabalharam na constituição do arquivo sonoro do Projeto NURC/SP.
Até meados de 1984, a sala do Projeto ficava no CRUSP (Conjunto Residencial da USP). Ali eram guardados todos os materiais, inclusive o arquivo sonoro. Nesse ano, houve a invasão do conjunto, mas, graças à dedicação do Prof. Dino Preti, todo o material foi salvo da destruição. Com a construção do prédio de Letras, foi destinada uma sala para o Projeto NURC.
Com a dupla coordenação em São Paulo - Prof. Dino Preti (USP) e Prof. Ataliba Teixeira de Castilho (UNICAMP, hoje na USP) - o Projeto NURC/SP acabou tendo duas sedes, uma na Universidade de São Paulo e outra na Universidade Estadual de Campinas.
A equipe de São Paulo logo se posicionou contra o modelo de análise da equipe hispânica, pois o modelo do Guia-Questionário restringia-se aos aspectos da língua escrita. A partir daí, novos rumos foram sendo propostos para a análise dos dados lingüísticos do projeto NURC.
Em 1984, houve na UNICAMP um seminário com o Prof. Dr. Luiz Antônio Marcuschi, da Universidade Federal de Pernambuco, recém chegado da Alemanha, onde havia estado em contato com o importante grupo de Freiburg. Nesse seminário, foram discutidas normas para a transcrição do corpus e novas estratégias e perspectivas de análise, considerando aspectos próprios da língua falada. A partir de 1985, o Prof. Dino Preti constituiu um grupo permanente de pesquisadores que passou a estudar livros e artigos referentes à Análise da Conversação e sua aplicação ao material do projeto NURC/SP, subdenominando-se, esse grupo, Projeto Nurc/SP - Núcleo USP.
Esse grupo, com pequenas mudanças em seus integrantes, encarregou-se de transcrever o material do Projeto NURC/SP para publicação e posterior análise. O Projeto NURC/SP tem sido responsável por várias publicações. Num
primeiro momento, a partir de 1986, foram publicados três volumes de transcrição do material e um volume de estudos. Num segundo momento, em 1993, foi iniciada a série "Projetos Paralelos", com a publicação de três volumes.

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